O ex-prefeito de Urânia, Francisco Airton Saracuza, foi preso na casa dele nesta segunda-feira, dia 28, depois de ser condenado a 8 anos de prisão em regime fechado por desvio de verbas da prefeitura. A decisão é definitiva e não cabe mais recurso.
A investigação começou há cerca de 10 anos. Em 2017, Saracuza já havia sido preso temporariamente durante uma operação da Polícia Federal. Na ocasião, ele ficou seis meses detido e foi solto por meio de um habeas corpus.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o ex-prefeito desviou aproximadamente R$ 400 mil que foram repassados pelo Governo Federal à prefeitura. As investigações também revelaram fraudes na folha de pagamento dos servidores.
Segundo a Polícia Federal, os pagamentos irregulares foram feitos a 12 assessores próximos de Saracuza, incluindo indenizações por férias e licenças acumuladas por até sete anos. Dois ex-assessores jurídicos chegaram a receber até R$ 62 mil.
Esses 12 servidores, todos ligados politicamente ao ex-prefeito, foram pagos integralmente com salários de dezembro, décimo terceiro e outros benefícios. Já os demais funcionários da prefeitura, mais de 400 pessoas, não receberam nem o salário de dezembro, nem o décimo terceiro, enfrentando dificuldades financeiras no fim do ano.
A polícia também identificou aumentos salariais expressivos durante a gestão de Saracuza. Alguns servidores receberam até 400% de reajuste em seus salários. Além disso, foram pagos valores referentes a períodos que já estavam prescritos, ou seja, que a Justiça já não reconhecia mais como válidos para pagamento.
A reportagem do Jornal do Povo tenta contato com a defesa do ex prefeito.
*Com informações de G1 Rio Preto e Araçatuba
