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Produtor rural deve começar a se preparar desde agora para a estiagem, explica professor da Unesp
Publicado em 17/02/2025 13:26
Geral
  • Julia Nanci (estagiária sob supervisão)

 

O professor da Unesp de Ilha Solteira, especialista em irrigação, Fernando Tangerino, falou ao vivo durante o Jornal do Povo desta segunda-feira, dia 17, na Rádio Assunção, sobre os reflexos da chuva neste início de ano para o noroeste paulista.

 

Tangerino explicou que a chuva tem uma variabilidade, ou seja, enquanto em uma determinada região são registrados índices acima de 300 milímetros este ano, em outras, os registros são bem menores. Ele falou ainda que, quando pensamos na agricultura, se engana quem acha que uma chuva de grande volume em um curto espaço de tempo tem reflexos positivos.

 

“Uma chuva de 100 milímetros ao longo de 24 horas bem distribuídas tem um papel fundamental na infiltração e recarga do lençol freático. Agora, essa mesma chuva de 100 milímetros em 3 horas consecutivas vai causar erosão no solo”, explicou o professor da Unesp.

 

Fernando Tangerino ressaltou ainda que não podemos esquecer que o noroeste paulista, todos os anos, sofre com a estiagem, que são longos períodos sem chuva. Por isso, o produtor rural deve começar a se preparar desde agora para minimizar os efeitos da estiagem.

 

“Manter todas as formas de armazenamento da água da chuva na bacia hidrográfica por mais tempo, através do plantio direto, do cultivo mínimo, do terraceamento, de curvas de nível, replantio, conservação das áreas de preservação permanente e investimentos em represamentos e irrigações ajuda a conservar essa água no solo”, explicou o professor.

 

Para finalizar, o professor da Unesp falou sobre os sistemas de irrigação e a segurança que esse tipo de investimento promove. “A irrigação é uma segurança hídrica e, mais do que isso, nunca foi sobre irrigação, e sempre sobre a transformação que esses sistemas promovem, com a possibilidade de se produzir o ano todo. Investir em sistemas de irrigação é o complemento daquilo que eu falei sobre segurar água na bacia hidrográfica. É a possibilidade de chegar ao final da safra com uma rentabilidade maior do que a que o produtor imaginou”, finalizou.

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