A justiça condenou o estado de São Paulo e a fundação que administra o Hospital de Base de São José do Rio Preto a indenizar em R$ 100 mil a família do morador de Jales que morreu em 2019, depois sofrer um acidente de carro, e esperar mais de seis horas por uma vaga no hospital.

Thiago Raphael Berçanetti sofreu o acidente em 2019e foi atendido na Santa Casa de Jales com uma fratura na perna. Ele precisava passar por cirurgia, mas a família informou à justiça que o hospital não tinha médicos disponíveis e, por isso, a vítima deveria ser transferida.

Foi solicitado então o encaminhamento de Thiago para o HB de Rio Preto ou para a Santa Casa de Votuporanga, mas as duas solicitações de transferência foram negadas naquele momento. Mais de seis horas depois do acidente, o HB cedeu a vaga para a “vaga zero”.

Thiago só chegou a Rio preto às 10h50com transporte cedido da UTI de Votuporanga, visto que a Santa Casa de Jales não conseguiu fazer a transferência do pacienteantes por falta de uma UTI móvel. Cerca de sete horas depois, a vítima iniciou o procedimento para amputar a perna, mas não resistiu aos ferimentos, e morreu quatro dias depois do acidente.

A Prefeitura de Jales alegou que é somente responsável pela rede básica de saúde e que o paciente foi transferido para Rio preto, o município e a Santa Casa foram então absolvidos.

Na sentença o juiz José Pedro Geraldo Nóbrega determinou a indenização por danos morais em R$ 100 mil a serem pagos à família pela Funfarme, que é a fundação que administra o Hospital de Base, e o estado de São Paulo.

A sentença cabe recurso.