- Julia Nanci (Estágiaria sob supervisão)
Com o objetivo de conscientizar a população e, principalmente, alertar sobre a enxaqueca, uma das dores de cabeça mais comuns na população, no mês de maio é realizada a campanha “Maio Bordô”, promovida pela Sociedade Brasileira de Cefaleia e pela Academia Brasileira de Neurologia.
Em entrevista ao Jornal do Povo, a médica neurologista Mariana Rossini falou sobre a importância da campanha.
“Quem sofre com dores de cabeça frequentes, intensas e que atrapalham a rotina e a qualidade de vida precisa procurar um especialista. Nós seguimos um raciocínio que sugere que, a partir de três crises de dor de cabeça em um período de 30 dias por mais de três meses, a pessoa deve ficar atenta e buscar ajuda”, explica a neurologista.
Segundo a médica, nenhum tipo de dor de cabeça é normal, mas existem casos específicos nos quais a atenção deve ser redobrada, como dores que acompanham alterações visuais, formigamentos e até paralisias.
Mariana Rossini também falou sobre os perigos da automedicação e do uso abusivo de medicamentos analgésicos, que podem causar efeito rebote em vários casos. “O nosso organismo acaba se viciando com o uso contínuo de analgésicos, a ponto de a dor de cabeça passar a vir como um efeito rebote e gerar uma dependência ao medicamento. É importante se atentar à quantidade de consumo. Mais de oito comprimidos em um mês deve ser um alerta, e é importante procurar um especialista”, finalizou a neurologista.