Chegou ao fim no dia 17 de janeiro a 5ª Missão Univida na Amazônia. Nesta edição quase 100 voluntários participaram. O responsável pela missão, padre Eduardo Lima, participou ao vivo do Jornal do Povo nesta quarta-feira, dia 22, e falou sobre os atendimentos, a importância desse trabalho e também da realidade que encontraram na comunidade indígena. 

A missão conta com a parceria de dezenas de universidades e tem o objetivo de ajudar, dar voz aos povos indígenas da Amazônia. De acordo com o padre, esta edição teve voluntários de praticamente todos os estados do Brasil, além de voluntários da Alemanha e Espanha. 

“A missão pra nós tem o objetivo de mostrar para aqueles que nunca estiveram em uma aldeia ou reserva que os nossos indígenas estão esquecidos, os povos indígenas sofrem terrivelmente a falta de assistência à saúde, a Amazônia passou por uma estiagem nunca antes registrada e esses povos passaram fome”, contou o padre. 

O Padre também falou sobre a emoção vivida durante os atendimentos: “Um país tão imenso como o nosso, tão rico, que não consegue oferecer a população, aos indígenas, a essas pessoas que estão tão distantes, o mínimo de dignidade e assistência à saúde, é triste. Os atendimentos provocam emoção, revolta e indignação, é muito triste você ver pessoas sofrendo.”

Padre Eduardo reforçou a importância de para além das missões, começarmos a questionar as políticas públicas, conhecer a história desses povos e conhecer as suas lutas, e entendermos que nós somos um país mestiço, mas que ainda sofre extremamente com o preconceito e o racismo.