Este ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet) as precipitações deverão começar em outubro, um pouco mais tarde que no
ano passado, quando tiveram início em setembro.
"A primavera, no geral, é a mudança da estação do
inverno para a chegada do verão. Estamos saindo de um período frio para começar
um período quente. Quando vamos para a parte central do Brasil e Sudeste, a
estação é associada com a chegada das chuvas. Por isso, grande parte do Brasil
tem plantio nessa época do ano, em outubro, quando as chuvas começam a se
fixar", disse, em Brasília, o chefe da previsão do tempo do Inmet,
Francisco de Assis.
Acrescentou que a primavera é sempre associada a temporais, pancadas de chuva e trovoadas: "Exatamente por isso que estamos entrando em um período quente com a formação de nuvens, para começar o período de chuva", explicou.
Sudeste
Na Região Sudeste, a previsão é que as chuvas sejam
ligeiramente abaixo da faixa normal, exceto no estado de São Paulo, sul de
Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer chuvas mais fortes,
principalmente em novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em
grande parte do Sudeste.
A precipitação de chuvas no inverno seguiu características
típicas para o período, com baixa ou total ausência de precipitação, com
exceção do leste de São Paulo e Rio de Janeiro, onde as chuvas foram entre 20 e
70 mm acima da média.
As temperaturas médias foram de normal a ligeiramente acima
da média em grande parte da região. Foram registrados nos estados de São Paulo
e Minas Gerais alguns poucos episódios de geadas somente no início de julho,
com intensidade variando de fraca a moderada.
Norte
De acordo com a Meteorologia, a previsão para a Região Norte
é que, em Roraima, Amapá, nordeste do Amazonas e meio norte do Pará as chuvas
ocorram próximas ou abaixo da média para o período. Já na parte centro-sul do
Amazonas, sudoeste do Pará e no Acre e Rondônia, haverá possibilidade de chuvas
acima da média durante os meses de outubro a dezembro. As temperaturas serão de
normal a acima da média.
A região apresentou bastante irregularidade nas chuvas entre
junho a agosto. A redução das chuvas em localidades dos estados de Rondônia,
Tocantins e sul do Pará e as altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar,
favoreceram a incidência de queimadas, muito comuns nesta época do ano. Alguns
episódios de friagem também foram registrados neste período e atingiram o Acre,
Rondônia e sul do Amazonas.
Nordeste
A previsão para a primavera indica maior probabilidade de
chuvas perto da média na parte leste do Nordeste. Nas demais áreas, haverá o predomínio
de chuvas ligeiramente abaixo da média. Ressalta-se que o trimestre de outubro
a dezembro é o mais seco da parte leste do Nordeste.
As temperaturas estarão mais elevadas sobre todo o Nordeste,
principalmente na região sul do Maranhão e do Piauí.
Durante os meses de inverno, as chuvas registradas foram
próximas ou abaixo da média em grande parte da região.
Em lugares como João Pessoa, na Paraíba, onde geralmente
chove em torno de 790 milímetros (mm) entre os meses de junho a agosto, choveu
670 mm somente em junho. As chuvas amenizaram as temperaturas nesta região,
principalmente no sudeste da Bahia, onde a média das máximas em agosto ficou
entre 24 ºC e 26 ºC.
Centro-Oeste
A previsão para o Centro-Oeste indica alta probabilidade de
chuvas de normal a acima de normal em grande parte da região, exceto na metade
norte do Goiás, onde as chuvas serão ligeiramente abaixo da média climatológica.
As temperaturas serão acima da média, principalmente no sul
do Mato Grosso do Sul, norte de Mato Grosso e Distrito Federal.
Municípios de Mato Grosso e Goiás ficaram mais de 100 dias
consecutivos sem chuva, a partir de maio deste ano.
Nestas mesmas áreas, as temperaturas médias foram acima do
normal climatológico, em razão da permanência de massas de ar seco e quente, as
quais favoreceram a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
Em alguns dias entre junho e setembro, a umidade relativa do
ar apresentou valores abaixo de 20% nos horários com temperaturas mais
elevadas, como ocorrido no Distrito Federal, em que a estação meteorológica do
Inmet, no Gama (DF), registrou 8% de umidade relativa do ar no dia 4 de
setembro.
Sul
Na primavera, ainda de acordo com o Instituto Nacional de
Meteorologia, as chuvas devem permanecer ligeiramente acima da faixa normal nos
três estados da região Sul. Já as temperaturas médias devem predominar dentro
da normalidade na parte oeste da região e acima da média no restante.
Durante o inverno, os maiores volumes de chuva estiveram localizados sobre a metade sul do Rio Grande do Sul. Durante os primeiros dias de junho, deu-se o início da temporada de temperaturas mais baixas, entretanto, as temperaturas abaixo de zero só ocorreram em julho e agosto.
Em áreas de serra e planalto da Região Sul do país, houve formação de geadas com intensidade variando de moderada a forte. Durante a primeira semana de julho e também de agosto, houve registro de neve na região serrana do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Com informações de Agência Brasil.
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