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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Quinta-Feira, 02 de Agosto de 2018 às 22:28

PRESBÍTEROS A SERVIÇO DO POVO DE DEUS

Pe Miguel Donizete Garcia | Reitor do Seminário da Diocese de Jales

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em sua 19ª Assembleia Geral, em 1981, em colaboração com a Pastoral Vocacional, instituiu agosto como o Mês Vocacional. Desde então, a Igreja comemora todos esse Mês Vocacional com o objetivo de conscientizar suas comunidades sobre sua corresponsabilidade no desenvolvimento de uma cultura vocacional à serviço da vida. O lema do Mês Vocacional deste ano, “Sei em quem acreditei” (2Tm 2,12), inspira-se no seu tema: “Seguir Jesus a luz da fé”.

A Igreja dedica, então, cada domingo do mês de agosto,à celebração de uma vocação específica. O primeiro domingo é dedicado ao ministério ordenado, pelo fato do Dia do Padre ser celebrado em 4 de agosto, festa de São João Maria Vianney, proclamado pelo Papa Pio XI, em 1929, padroeiro dos presbíteros, por seu belo exemplo de vida sacerdotal. Os demais domingos são dedicados à vocação matrimonial, vocação à vida consagrada e à vocação dos cristãos leigos e leigas.

A vocação presbiteral é muito especial. Ela existe em favor do bem comum. Por isso, se diz que ninguém é padre sozinho. Na Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, o Papa João Paulo II reafirma o que diz o Decreto Conciliar Presbyterorum Ordinis: “o ministério ordenado tem uma radical ‘forma comunitária’ e só pode ser assumido como ‘obra coletiva’”. Pela ordenação, somos inseridos num presbitério no qual e com o qual exercemos o nosso ministério, em espírito de comunhão e corresponsabilidade.

Santo Agostinho, Bispo de Hipona, nos séculos IV e V, dizia que o sacerdócio é visto essencialmente como uma consagração com função social, pois o presbítero se consagra a Cristo e aos outros, tendo presente o serviço à igreja e ao mundo. Agostinho não se limitou a entender esseministério do ponto de vista sacramental. Ele o valorizou também como ministério da Palavra. Por isso, ele deu tempo pleno à pregação: “Ensinava e pregava em privado e em público, em casa e na igreja com toda a liberdade”.

No Documento de Aparecida, a Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, de 2007, afirma que“o Povo de Deus sente a necessidade de presbíteros-discípulos: que tenham uma profunda experiência de Deus, configurados com o coração do Bom Pastor, dóceis às orientações do Espirito, que se nutram da Palavra de Deus, da Eucaristia e da Oração, presbíteros movidos pela caridade pastoral, que os leve a cuidar do rebanho a eles confiados e a procurar os maisdistanciados”.

Essa mesma Conferência afirma que os presbíteros devem ser servidores da vida, “atentos às necessidades dos mais pobres, comprometidos nadefesa dos direitos dos mais fracos e promotores da cultura da solidariedade”. Nossa gratidão, portanto, aos presbíteros que assim vivem seu ministério,e nossas orações para despertar e encorajar novos vocacionados, sobretudo jovens, dispostos a doarem suas vidas, como Cristo,para a edificação do Reino de Deus.

Fernandópolis, 02 de agosto de 2018

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