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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sexta-Feira, 13 de Julho de 2018 às 21:41

UM, ASSIM COMO NÓS

Dr. Washington Henrique da Conceição, médico e seminarista da Diocese de Jales

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Na nossa sociedade, a vida é, frequentemente, tema de notícia. Sendo o seu dom mais precioso, o ser humano encontra nela um desafio para a liberdade, a motivação para a generosidade e a responsabilidade. Na maneira de abordar o problema da vida, exprime-se o carácter paradoxal e, por vezes, contraditório da sua própria existência. 

Os meios de comunicação têm mostrado os esforços que foram feitos para resgatar 12 meninos e seu treinador de futebol, que ficaram presos por 18 dias em uma caverna inundada na Tailândia. De um modo paradoxal a ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, convocou uma audiência pública para discutir a despenalização do aborto. A ação foi ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que sustenta que os artigos 124 e 126 do Código Penal afrontam postulados fundamentais como a dignidade da pessoa humana, cidadania, não discriminação, inviolabilidade da vida, liberdade, igualdade, entre outros. O objetivo é que o STF exclua dos dois artigos a interrupção da gestação induzida e voluntária, realizada até a décima segunda semana.

A discussão apresentada invoca principalmente a questão da liberdade, porém devemos nos perguntar se a liberdade é o direito supremo, podendo, portanto, ser invocado sobre todos os outros. Compreendendo os seres humanos como seres relacionais, vemos que este direito vale enquanto não entra em conflito com um direito mais importante e fundamental, que é o direito à vida de outro ser humano. Com efeito, o ser humano com vida, ao qual é negada a liberdade, ainda tem chance de recuperá-la. Mas o ser humano, ao qual é negada a vida, não tem mais chance alguma. 

O direito à vida é incondicional. Desde o momento da fecundação, o novo ser contém em si a singularidade e o dinamismo de uma nova pessoa humana.  Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico

A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé, seu ápice em Cristo. Ele não muda a lei “não matarás (cf. Ex 23,7), mas lhe dá sentido pleno ao afirmar que devemos amar ao próximo como a nós mesmos (cf.Mt 22,39). Como, então, invocar direitos se esses excluem totalmente os direitos de outros?  

Frente a esse cenário, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil chama todos a lutarem pelo direito fundamental à vida, propondo combater as causas do aborto, aprimorar as políticas públicas de saúde, segurança e educação sexual, especialmente em favor das mulheres mais pobres, e investir no cuidado das gestantes. Dessa forma, ela se contrapõe à luta pelo aborto seguro, propondo lutar pelo direito ao parto seguro e à saúde das mães e seus filhos. 

Como cidadãos corresponsáveis uns pelos outros, sejamos um povo que luta pela vida, sempre tendo como preferência os mais pobres e indefesos. Que Maria, mãe da nova humanidade gerada por Cristo, nos ajude a viver intensamente esse compromisso!

 10 de julho de 2018

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