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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Segunda-Feira, 19 de Fevereiro de 2018 às 16:35

QUE PAÍS É ESSE?

Pe. Valter Lucato Campano Júnior | Paróquia São Pedro, Fernandópolis

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“O que não fizestes a um destes pequeninos foi a mim que não o fizestes” (Mt 25, 45). Este versículo apresentado pelo evangelista Mateus é uma preciosidade dita por Jesus, e deixa clara a opção que Cristo faz pelos pobres que vivem à margem de uma sociedade que esquece quais são os prediletos de Deus. Jesus veio a este mundo para salvar uma humanidade perdida e desorientada do verdadeiro sentido do amor a Deus e ao próximo. Uma sociedade que já vivia e continua vivendo uma desvalorização da pessoa humana. 

Conforme a descrição do juízo final que Jesus faz aos seus discípulos, o justo juiz dirá algo que surpreenderá a todos: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me deste de Beber, era estrangeiro e não me acolheste”. Mas quando foi que te vimos com fome, com sede, estrangeiro e não te servimos?  E Jesus Explica: “Em verdade eu vos digo: o que não fizestes a um dos menores destes meus irmãos é a mim que não o fizestes”.

Nos dias atuais existem muitas pessoas e instituições que buscam realizar em sintonia com o evangelho uma opção preferencial pelos pobres. Entidades Sociais lutam dia-a-dia para realizar obras sociais fazendo valer a ordem do amor deixada por Jesus, representando a voz dos pequenos e na maioria das vezes indefesos.

É nebulosa e muitas vezes não segura a ajuda político-econômica dadas às organizações sem fins lucrativos que exercem um papel importante na sociedade. No Brasil muitas entidades sociais atuam exercendo atividades que são deveres e obrigação do Estado, como por exemplo: saúde, educação e assistência social, além, da geração de empregos e capacitação daqueles que ali atuam.

O Brasil presenciou no último ano um agravamento da crise política e econômica e as organizações sociais sentiram diretamente a queda de recursos com um corte de 97% na verba federal que é destinada para Assistencial Social o que atingiu de maneira catastrófica muitas entidades subsidiadas parcialmente por essa verba. Na maioria das vezes é notório o mínimo esforço e inclusive o desconhecimento dos órgãos gestores de projetos que colaboram com o poder público em lugares que os mesmos não conseguem chegar.

Apesar das entidades não possuírem fins lucrativos e econômicos, manter estrutura que forneça serviços gratuitos e de qualidade, requer investimento. Como conseguir fazer mais com menos, ou seja, como ajudar mais pessoas com menos recursos disponíveis?

A maioria das entidades está buscando resposta para tal pergunta. Mas surgem outras perguntas que também precisam ser respondidas: Mais uma vez são os pequenos que pagam a conta? Um país gasta milhões na manutenção de um sistema político maculado por corrupção e mais uma vez se tira direito dos pobres? Que país é esse?

Somos convocados a uma luta pacifica, usando uma arma que ninguém pode tirar de nós, o Voto. Do voto, o político tem medo. Medo de ficar sem voto, medo de não ser reeleito. Se queremos mudar o Brasil façamos através do voto e com muita tranquilidade ouviremos de Jesus:

“O que fizestes a um destes pequeninos foi a mim que fizestes”. (Mt 25, 40)

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