Com o plenário tomado pela população, a leitura do relatório
durou pouco mais de uma hora, que foi acompanhado atentamente pelo autor da
denúncia, vereador Fernando Donizeth França, do PSB, que no seu discurso,
voltou a apresentar atos de improbidade, que segundo ele foram cometidos pelo
prefeito Elvis, no ano de 2016, especialmente no que se refere a gastos
excessivos com viagens, além de contratação de serviços com dispensas de
processos licitatórios, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fernando França pediu o prosseguimento da CPI, para que os vereadores pudessem analisar num prazo de noventa dias, toda a documentação remetida ao Legislativo pela defesa do prefeito.
Como denunciante França não pode votar, sendo assim teve que assumir a cadeira, o suplente que também é servidor público, Deneval Amaro da Silva, do PT, que verificou toda a documentação apresentada pelo denunciante, entendendo que a CPI deveria ter continuidade para uma melhor análise de todo o processo.
Em seu discurso, o petista Deneval criticou o prefeito Elvis por falta de responsabilidade para com o Instituto de Previdência Municipal, (IPREM), que segundo ele, os repasses vêm sendo feitos com mais de dois meses de atrasos e que o Instituto já opera no vermelho.
O relator da CPI, vereador Mathias Duarte Viel, do PP, disse á reportagem do Jornal do Povo da Rádio Assunção FM, que seu parecer foi formulado nos critérios da Lei, seguindo orientações jurídicas de que a Câmara não tem competência para julgar os fatos apresentados na denúncia, principalmente sem um parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado, por isso o processo foi arquivado, cabendo somente ao Ministério Público investigar as denúncias apresentadas pelo vereador.
PRECAVIDO
O Presidente da Câmara Jerônimo Lopes Neto, do PSDB, solicitou apoio da Polícia Militar para dar segurança ao Plenário, fato este que foi criticado pelo vereador do PPS, Mauro Simolini, que em seu discurso pediu prosseguimento das investigações e disse que não era preciso a presença da Polícia, afirmando que no plenário não tinha nenhum bandido.