A Polícia Federal de Belo Horizonte (MG) deflagrou, na manhã
de segunda-feira (31/08), juntamente com a Força Integrada de Combate ao Crime
Organizado (FICCO), coordenada pela própria PF, operação policial que visa
investigar o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados por facção
criminosa com atuação em todo o território nacional.
A ação envolveu cerca de 1.100 policiais federais, que
cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 Mandados de Prisão Preventiva e 201
Mandados de Busca e Apreensão, em 19 Estados da Federação e no Distrito
Federal; além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. Todos os mandados
foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.
A PF de Jales cumpriu um mandado de busca e apreensão e um
mandado de prisão preventiva em Santa Fé do Sul. Uma mulher foi presa
preventivamente. A diligência em Jales foi em apoio à Operação Caixa Forte -
Fase 02. A mulher presa preventivamente em Santa Fé do Sul foi conduzida à
Cadeia Feminina em Nhandeara. Populares avistaram uma viatura da PF na Avenida
Rio Paraná, no Bairro Beira Rio.
Os dados obtidos na Operação Caixa Forte - Fase 01
(investigação que identificou os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso”
da facção, que se dedica à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico)
revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em
parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive
para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros
da facção recolhidos em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da
facção, recolhidos em Presídios Federais, que recebiam valores mensais por
terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões
determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do
grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os
valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente
fora do alcance do sistema de justiça criminal.
A atuação da Polícia Federal visa desarticular a organização
criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as
diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da
abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.
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