Depois de
muitos anos sem novidades no tratamento para a insuficiência cardíaca, um novo
medicamento foi descoberto, com resultados muito positivos, para esta que é
conhecida como "a doença do coração fraco" e que matou mais de 22 mil
brasileiros ano passado, segundo o DataSUS. O curioso é que a eficácia deste
medicamento, a dapagliflozina, foi descoberta por médicos pesquisadores por
acaso.
Os pesquisadores chegaram à dapagliflozina depois de verificarem que outro medicamento para combater o diabetes, a empagliflozina, mostrou reduzir também o risco do diabético desenvolver insuficiência cardíaca.
A empaglifozina pertence ao grupo de medicamentos conhecidos como inibidores do SGLT2 e foi desenvolvida para o tratamento do diabetes. Este grupo de medicamentos atua bloqueando o aproveitamento da glicose no rim e, com isso, ajuda a controlar os níveis de glicemia, sendo coadjuvantes no tratamento do diabetes.
O estudo chamado DAPA-HF envolveu 4.744 pacientes voluntários, mobilizando instituições em todo o mundo. Os médicos pesquisadores acompanharam os pacientes durante 18 meses e constataram a redução de 26% de morte cardiovascular, hospitalização ou necessidade de consulta urgente de insuficiência cardíaca.
No Brasil, o estudo foi coordenado pelo Centro Integrado de Pesquisa (CIP) do Hospital de Base de Rio Preto, um dos cinco principais polos de estudos clínicos da América Latina. Participaram do estudo 22 centros de pesquisa do país que, juntos, incluíram 520 pacientes, mais de 10% do total do estudo no mundo. No CIP do HB, foram 10 pacientes acompanhados.
DAPA-HF foi apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia, o maior evento da especialidade no mundo, realizado em setembro, e causou grande impacto na comunidade médica-científica.
"A relevância dos resultados do DAPA-HF é tão grande que a apresentação de seus resultados foi aceita na última hora pelo Congresso Europeu de Cardiologia, fato que jamais acontecera. O entusiasmo de nós, médicos e pesquisadores, se justifica pelos grandes benefícios que o novo medicamento oferece aos pacientes, beneficiando milhões em todo o mundo", conta a cardiologista Dra. Lilia Nigro Maia, diretora do CIP do Hospital de Base de Rio Preto.
Com informações da Assessoria de Imprensa.
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