Quarta-Feira, 20 de Novembro de 2019 às 19:41

Novembro Azul: O que eu preciso saber para estar por dentro do assunto

O câncer de próstata ainda continua sendo o tipo de câncer mais frequente em homens no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre.

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Considerado uma doença da terceira idade, o câncer de próstata tem 75% dos casos em homens com idade acima de 65 anos. De acordo com pesquisas do INCA – Instituto Nacional de Câncer, em 2018 a estimativa era de 68.220 novos casos e 15.391 mortes pela doença.

Um estudo do Ministério da Saúde afirma que o câncer é formado por um conjunto de células que crescem desordenadamente. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um crescimento descontrolado, formando tumores que podem ser benignos ou malignos (câncer).

Já a próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de uma maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

A neoplasia ocorre quando há um crescimento desordenado das células, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. Entretanto, a maioria cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ), que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Os urologistas do Hospital de Amor Jales, Dr. Leandro de Campos e Dr. Renata Ferrari, afirmam que, em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. “Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal”, ressaltou Dr. Leandro.

O INCA aponta que o desenvolvimento da doença, pode estar relacionado alguns fatores de risco, como hereditariedade, excesso de gordura corporal ou exposição em demasia a elementos químicos comuns nas indústrias químicas, mecânica e de transformação de alumínio.

Em relação aos meios de prevenção e detecção da doença, atualmente, os principais exames com essas finalidades são o toque retal e o PSA - exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico - podendo ser realizado apenas um, dependo do estadiamento do tumor. Em alguns casos, exames complementares são solicitados para atestar a doença, como os radiológicos.

Apesar do exame do toque e do PSA identificarem a doença, a biópsia é o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia. Pode haver desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes ao procedimento, e há risco de infecção, o que é resolvido com o uso de antibióticos.

Outra orientação importante é em relação ao tempo de detecção da doença. “A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento”, afirmou Dra. Renata.

Sobre as possibilidades de tratamento da doença, quando o tumor esta localizado, as formas mais utilizadas são radioterapia e cirurgia. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal tem sido utilizada. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal. “A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um”, finalizou Dr. Leandro.

Com informações da Assessoria de Imprensa.

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