O Ministério Público de Jales entrou com uma ação civil
pública contra a ex-tesoureira da prefeitura Érica Carpi de Oliveira, acusada
de desviar milhões no caso deflagrado pela Polícia Federal na Operação Farra do
Tesouro.
Na ação, o MP está cobrando a devolução de R$ 9,2 milhões
aos cofres públicos não só de Érica, mas do ex-marido, cunhado e outros
familiares que estariam envolvidos no esquema. De acordo com o Ministério
Público, só da área da saúde foram desviados R$ 2 milhões.
Os advogados de defesa e eles disseram que não foram
notificados oficialmente e que só vão se pronunciar após essa notificação.
A operação Farra do Tesouro foi deflagrada em 2018. A
ex-tesoureira foi denunciada pelo Ministério Público por formação de
organização criminosa, falsidade ideológica, peculato - quando funcionário
público pratica crime contra a administração - e lavagem de dinheiro.
A denúncia também aponta a maneira que Érica desviava o
dinheiro. Ela criava lançamentos falsos, já que após anotar a lápis a quantia
desviada, ela destruía o documento para dificultar uma possível fiscalização.
De acordo com a Polícia Federal, a família usou dinheiro
público da educação, e principalmente da saúde, para bancar uma vida de luxo,
como a construção de um rancho na zona rural de Jales e pagamentos de festas em
buffet.
No primeiro depoimento à PF, Érica confirmou que fazia os
desvios desde 2008. O dinheiro, segundo a polícia, ia direto para contas da
ex-servidora e até para as empresas do marido, que abriu três lojas de roupas e
calçados.
O ex-marido de ex-tesoureira suspeita de desviar milhões de prefeitura aguarda o processo em liberdade. Já Érica Carpi conseguiu prisão domiciliar no Tribunal de Justiça.
Com informações de G1.
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