É preciso se desdobrar muito mais do que era feito
anteriormente, para que as Apaes continuem funcionando, depois que o Governo
Federal decidiu acabar com o repasse de recursos para a área social. Foi o que
afirmou a presidente da Federação das Apaes do Estado de São Paulo, Cristiany
de Castro, durante encontro da regional das Apaes de Votuporanga que aconteceu
em Jales na manhã do dia 22 de janeiro, segunda-feira, em Jales.
Ela explicou que as Apaes sempre trabalharam com o
apoio da sociedade civil, com promoções e parcerias e isso deve ser
intensificado, mas é insuficiente para cobrir as despesas. Daí a necessidade de
uma ampla mobilização para mostrar ao governo a importância dos repasses não só
para as Apaes, mas para os demais programas sociais destinados às famílias que
mais precisam.
DESAFIOS
As Apaes, na sua avaliação, podem não fechar, mas
com certeza muitas unidades terão que reduzir o atendimento e os serviços
prestados, mesmo com todo o trabalho buscando a sustentabilidade com a melhoria
estrutural e profissionalização da
gestão para a realização desse trabalho que teria que ser feito pelo poder
público, mas isso não acontece.
Outra articulação para que as Apaes continuem
existindo é a luta contra a obrigação de matricular todas as pessoas com
deficiências na rede regular de ensino. É uma situação que se estende há vários
anos, sempre que se discute a elaboração do Plano Nacional de Educação.
Cristiany afirma que o Brasil com um dos piores índices de educação do mundo
não pode criar situações que compliquem ainda mais, principalmente para pessoas
com deficiências múltiplas.
Essa luta faz parte do chamado Movimento Apaeano,
que envolve 305 Apaes, atendendo diretamente cerca de 60 mil pessoas com deficiência
e indiretamente mais de 180 mil pessoas, pois o serviço sócio assistencial
também atende as famílias. É uma rede muito grande que precisa estar cada vez
mais atualizada sobre os direitos das pessoas com deficiência, pois a Apae é a
entidade que tem mais condições de saber das necessidades das mesmas, como
afirmou.
DIVULGAÇÃO
Conhecer o trabalho desenvolvido é importante para
que as pessoas possam contribuir para sua manutenção, como afirmou o presidente
da Apae de Jales, João Papassídero, lembrando que a entidade vive dos convênios
e dos eventos. No ano passado foram realizados quatro e este ano já estão
programados cinco que vão precisar do apoio dos colaboradores que segundo ele
nunca se negaram a participar.
Outra questão que tem sido muito trabalhada, como
afirmou o presidente, é a participação dos pais que é muito importante. Mesmo
com muitas dificuldades esse trabalho vem sendo incentivado e começa a dar
resultados.
No caso de Jales, segundo o presidente, a luta é para que a Prefeitura reassuma o transporte dos alunos, como acontecia nas administrações anteriores e como fazem as demais prefeituras.
Fonte: Luiz Ramires
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