A decisão foi tomada depois que o prefeito Otávio Gomes (DEM) anunciou que não terá como conceder reajuste para os funcionários em 2017, culpando a recente queda registrada na arrecadação (R$ 1,5 milhão em fevereiro), e a previsão de um orçamento menor do que o aprovado pela Câmara no final do ano passado (calcula-se que o Município arrecade R$ 105 milhões, bem menos que os R$ 122 milhões previstos).
Os funcionários públicos, durante o Governo Interno de Emanuel Zinezi (DEM), tiveram 5% de reajuste. O Sindicato, agora, está cobrando mais 11,82%, 4,08% referente a inflação registrada entre maio de 2016 e abril de 2017, e mais 7,74% que deixou de ser concedido durante os dois últimos anos do Governo de Bento Sgarboza.
Em entrevista exclusiva ao ilhadenoticias.com, o vereador e presidente do SindIlha, Valdeci Ferreira Lima, disse que a decisão é uma preparação para uma possível greve que pode ser deflagrada pela categoria. “Ainda vamos conversar com o prefeito, para tentar negociar a concessão do reajuste. Mas, mantendo a negativa, é grande as possibilidade de entrarmos em greve pela primeira vez”, disse Lima.
Valdeci afirma que o reajuste dos 11% é difícil de alcançar, mas trabalha para que Otávio conceda o aumento, mesmo que seja aos poucos. “Queremos uma contraproposta, que não foi feita. Que esse aumento seja dado aos poucos, conforme a situação econômica da Prefeitura vai melhorando. Só não podemos ficar sem o reajuste”, afirmou Lima.
A expectativa é que o Sindicato inicie uma nova rodada de negociação com o prefeito na próxima semana. Sobre a possível greve, ainda não há uma data fixada.
Fonte: Ilha de Notícias