As histórias em quadrinhos já fizeram ou ainda fazem parte
da vida de muitas pessoas. Podem ser sobre super-heróis ou de personagens
inesquecíveis como a Turma da Mônica. São lidas por todas as idades e muitas
vezes utilizadas nas escolas ou empresas como material de instrução para
colaboradores. Quem nunca leu uma HQ?
Nos últimos anos, este formato de narrativa deixou de fazer parte apenas do mundo da ficção e ganhou espaço no jornalismo, por meio das reportagens em HQ. O jornalista e artista de quadrinhos Joe Sacco publicou em 1996, a reportagem em quadrinhos “Palestina”. Como o passar dos anos, esse tipo de narrativa também começou a ser utilizado pelos veículos de comunicação brasileiros.
Gabriela Garnica Marin, estudante do oitavo semestre do
curso de Jornalismo da Fundação Educacional de Fernandópolis escolheu o formato
de narrativa em HQ para o TCC que será defendido no início de dezembro. A
reportagem “Romaria: HQ sobre uma história de Fé” tem como temática a Romaria
Diocesana da cidade de Jales e a ligação do evento com uma família devota.
Gabriela é jalesense e no TCC ela quis abordar temas que fizessem parte do
município. “Meu objetivo foi trazer um lado cultural e da tradição de Jales. A
romaria é um evento muito emocionante que acontece há 35 anos e atrai um número
significativo de fiéis”.
O Trabalho de Conclusão de Curso de Gabriela é orientado
pela professora e jornalista Andresa Lopes Oliveira. Para a construção da
narrativa a aluna precisou tecer um referencial teórico sobre jornalismo
literário e arte sequencial. Além da construção da reportagem, as poucas pesquisas
brasileiras sobre este formato de narrativa jornalística foram alguns dos
desafios que a estudante encontrou durante a produção do trabalho. “No Brasil,
apesar de algumas manifestações, o formato em HQ para reportagens ainda é
tímido. Joe Sacco começou a fazer reportagem em HQ no ano de 1996. No Brasil, a
primeira reportagem neste formato foi publicada em 2003 pela Revista Super
Interessante. No entanto, esse formato é atrativo para os leitores, o que deve
favorecer o aumento de veículos de comunicação (impressos e digitais) que o
utilize”, explicou a orientadora.
A produção de roteiros para reportagens em HQ é uma das
áreas que devem oferecer mais vagas de trabalho para jornalistas, pois há uma
tendência de inovação no jornalismo e isso inclui narrativas mais atrativas
como as HQs. “Eu me apaixonei por esse modelo de produzir. É contar uma
história real e cativar leitores com a construção de diálogos e cenários”,
declarou Gabriela.
Na produção, Gabriela manteve as tradicionais funções do
jornalista: entrevistar, pesquisar informações e verificar. Depois, estruturou
a reportagem e a adaptou para a linguagem e estrutura de roteiro de uma HQ. O
ilustrador Leonardo de Souza Ferreira e o arte finalista Mateus Masson dos
Santos ficaram responsáveis pelas imagens da HQ.
O trabalho de Gabriela é em formato inédito nas faculdades de jornalismo da região.
Com informações de Andresa Oliveira – FEF.
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