A Comissão Diocesana da Campanha da Fraternidade promoverá
no sábado, 16 de junho, às 14 horas, na Escola Vocacional, em Jales (SP), um
encontro que abordará o tema do trabalho em rede para a superação da violência
e construção de uma cultura de paz.
Profissionais das áreas de educação, segurança e social
apresentarão, em uma perspectiva prática, as possibilidades e os desafios para
a superação da violência a partir do trabalho em rede nas comunidades e entre
as diferentes instâncias que buscam promover a justiça e a paz, como a família,
a escola, as igrejas, a Polícia, o Judiciário, o Ministério Público, os
Conselhos de Direitos, o Executivo e o Legislativo.
Em seguida, haverá oportunidade para debates e apresentação
de propostas pelos participantes.
Mas o que é trabalho
em rede?
Carmen Lussi e Roberto Marinucci ensinam que: "A
simbologia da "rede" é significativa para a compreensão do conceito:
a rede não é apenas a soma de cordas. É uma maneira de entrelaçar as cordas de
tal modo que, juntas, conseguem adquirir potencialidades que ultrapassam as
capacidades individuais de cada uma delas. Em outras palavras, o trabalho em
rede, além de ser uma forma privilegiada para somar forças, é também uma
maneira de trabalhar de forma articulada que permite desdobrar as habilidades
dos sujeitos envolvidos, garantindo uma maior eficácia no trabalho e maior
eficiência nos resultados.
A simbologia da rede permite também um olhar sobre os
"nós". Estes são necessários para o funcionamento do todo. O termo
"nó" é definido pelo dicionário de português como
"entrelaçamento de fios", mas também como "união, vínculo"
ou "problema, empecilho". Os nós permitem a um conjunto de cordas de
se tornarem uma rede. Os nós nascem de um vínculo, de uma relação, de uma
comunicação entre as partes envolvidas. Os nós malfeitos acabam prejudicando o
trabalho do todo, se tornando um empecilho, um problema.
Aqui reside o maior desafio do trabalho em rede: como
entrelaçar as cordas? Quais relações, quais vínculos estabelecer entre os
sujeitos envolvidos na rede? Esta reflexão pode trazer luz quanto aos modelos
possíveis de redes. Algumas funcionam como redes horizontais, focalizadas na
articulação entre partes iguais; outras são inter-relações focalizadas em um
objetivo comum que contam com uma unidade especial que desenvolve o papel de
centro, que mantém, dinamiza, articula, coordena seu funcionamento; outro
modelo ainda, prevê mais centros, potencialmente de co-coordenação e
fortalecimento do campo de articulação; entre outros modelos".
Programação:
14h - Acolhida/oração
14h15 - Partilha por áreas: Social,
Segurança/Justiça, Educação
15h00 - Intervalo
15h15 - Palestra: Trabalhando em redes
16h - Intervalo
16h15 - Trabalho em Grupos
16h45 - Plenária
17h - Encerramento
A Campanha da Fraternidade e os desafios que ela nos traz devem ir além do período quaresmal e nos levar a unir forças, trabalhando em rede, para a superação da violência e a construção de uma cultura de paz.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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