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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2018 às 18:42

BIOMA AMAZÔNIA - BUSCANDO A ECOLOGIA INTEGRAL

Pe. Eduardo Alves de Lima | Assessor Diocesano da Pastoral Universitária

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A problemática sociocultural e ambiental da Amazônia é um tema recorrente. O que se conhece, de fato sobre este bioma e o mais intrigante, aquilo que não se conhece na totalidade - patrimônio genético natural, as potencialidades a serem desvendadas, provocam mais embate do que debate. A região possui a maior biodiversidade e o maior número de indígenas do Brasil, que mantêm tradições e conhecimentos sobre propriedades de elementos da floresta.O reconhecimento, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) da Amazônia Central como sítio do patrimônio natural da humanidade é importante, porque reforça os níveis de proteção e responsabilidade para com este bem comum.

O bioma Amazônia ocupa cerca de 40% do território nacional. Nele estão localizados os estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia e Roraima e algumas partes do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. E envolve também a região da Pan-Amazônia, países que têm a floresta amazônica em seu território. Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname.

A Amazônia possui a maior reserva de água mundial, além da extensa bacia hidrográfica ainda comporta o aquífero SAGA – Sistema Aquífero Grande Amazônia, capaz de bastecer o planeta por 250 anos. Fornecedora de boa parte da energia elétrica do país, exportadora de commodities como a soja, alumínio, ferro e carne e é a grande responsável pela sustentabilidade do clima do Brasil e do planeta. São 23 milhões de habitantes, sendo quase 5 milhões vivendo da floresta, na floresta e com a floresta. Mais de mil povos quilombolas e 225 indígenas habitam a região. Garimpeiros, seringueiros, madeireiros, produtores assentados, pecuaristas integram a grande diversidade de atividades econômicas da região.

O processo histórico mais extraiu do que trouxe riquezas para região, com grande impacto ambiental associado e enormes contradições sociais. Seja no Brasil como nas demais nações Pan-amazônicas, são nas áreas ocupadas pelo seu bioma onde se encontram os piores indicadores sociais, em sua maioria abaixo das respectivas médias nacionais.

Jamais se resolverá o ambiental sem respostas ao social. Se todos perdem com a degradação ambiental, no curto-prazo são as populações mais pobres as mais afetadas, que residem nestes países ainda com grandes ativos naturais, vítimas de conflitos da diminuição dos recursos de subsistência, contaminação dos rios e proliferação de doenças.

Neste contexto, acontecerá oSínodo 2019: a Amazônia no coração da Igreja, resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. A Igreja a serviço da vida nesse bioma e na busca da ecologia integral. O objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta.

Thiago de Mello, em sua obra “Amazonas Pátria da Água”, enaltece a sabedoria, e costumes populares dos habitantes do coração da Floresta Amazônica. Pessoas que no capítulo “A Convivência Solidária” são descritas pelo poeta, como:

(...) criaturas simples e humildes que constroem há centenas de anos a civilização da água, (...) seres que conhecem e amam a convivência solidária. Vivem numa sábia integração com a natureza, cujos rigores e virtudes condicionam sua maneira de viver. Tão harmonioso é o seu convívio com a natureza, que parecem confundir-se com ela.

Em busca deste povo, a Pastoral Universitária, através da UNIVIDA, realizará a 1ª Missão UNIVIDA AMAZÔNICA, entre 05 a 15 de janeiro de 2019, com a perspectiva de envolver 36 voluntários, entre universitários, profissionais e professores nessa realidade geográfica e humana tão distantes mas de responsabilidade de todos. A atuação será nas diversas áreas de conhecimento, focando na melhoria da qualidade de vida daqueles que serão atendidos, indígenas e ribeirinhos, e na integração cultural, fraterna e solidária. No retorno, trazer reflexões sobre o sentido da ecologia integral, suas implicações sociais e políticas na luta por uma Amazônia viva para todos os povos.

Ouça a entrevista

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