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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2019 às 19:40

A BÍBLIA EM FAMÍLIA

Padre Donizéti Aparecido dos Santos, Administrador da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Auriflama

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A Igreja no Brasil dedica todo o mês de setembro à Bíblia. Isto provém do fato que a Igreja celebra no dia 30 de setembro, o dia de São Jerônimo. Ele fez a tradução da Bíblia do hebraico e grego para o latim, popularizando-a. Por isso, essa tradução é chamada de “Vulgata”. São Jerônimo dizia que quem não conhece os Evangelhos não conhece a Cristo.

É fundamental que os cristãos tomem conhecimento da Palavra de Deus, não somente de forma racional, senão procurando colocá-la em prática. São Tiago assim o diz, afirmando: “Sejam praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes, iludindo a si mesmos” (Tg 1,22). Onde iniciar este conhecimento? Qual o ambiente ideal para se dar os primeiros passos?

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma em seu documento sobre a Iniciação à Vida Cristã: “A família é chamada a ser lugar de iniciação, onde se aprende a rezar e a viver os valores da fé. Aos pais cristãos cabe a primeira responsabilidade pela formação de seus filhos no seguimento de Jesus Cristo” (Documento 107 da CNBB, nº 199).

É no lar cristão, é na família cristã que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Ao menos deveria ser assim. Será que isto está acontecendo? A família está consciente desta sua missão? A leitura e o estudo da Bíblia são alimentos que fortalecem a vida cristã. O próprio Jesus o diz: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).

Olhando as primeiras comunidades cristãs, percebemos como a Palavra de Deus estava bem presente nas casas e como os cristãos eram assíduos na Palavra e na Partilha do Pão (cf. At 2,42-47). “Os Atos dos Apóstolos relatam que a comunidade cristã se concentrava nas casas como o seu lugar característico de reunião, ajuda mútua e fortalecimento da vivência missionária. Nelas, os cristãos ouviam juntos a Palavra e, por esta iluminados procuravam discernir a experiência da vida em Deus, conscientes de que a fé provém da escuta” (Diretrizes 2019-2023, Documento 109 da CNBB, nº 88).

Assim, vamos percebendo cada vez mais a importância da Bíblia na família, nas casas. Ela não pode ser um enfeite, como se fosse um vaso de flor. Às vezes compra-se uma Bíblia ilustrada, muito bonita e muito cara, sem utilizá-la. Ela se torna apenas peça de decoração da casa. A Bíblia deve ser exatamente o contrário. Ela não pode ser esquecida em uma estante ou tratada como enfeite, ficando com suas folhas amareladas. Ela precisa ser colocada em destaque, sim, com objetivo para o qual ela foi escrita: iluminar nossas mentes e corações, e inspirar nosso testemunho de fé e nossas ações no mundo.

No Mês da Bíblia, a Igreja propõe a cada ano, o estudo de um livro bíblico com um lema específico. Neste ano está sendo a Primeira Carta de São João, com o lema: “Para que nele todos os povos tenham vida. Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19). Quem se inspira na Palavra de Deus, cresce no amor. Que este Mês da Bíblia nos ajude a cultivar o amor de Deus, sobretudo em família. Valorizemos, portanto, a Palavra de Deus, lendo-a e meditando-a em nossos lares.

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