O
Brasil, assim como os demais países, baseia-se em pesquisas de campo para
verificar a situação socioeconômica de seus habitantes. Depois de 12 anos, teve
início a partir do dia primeiro de agosto, o Censo Demográfico que trará o
diagnóstico da real situação do país, quais as áreas que necessitam de mais
investimentos, mais recursos, tais como: saúde, educação, moradia, trabalho, segurança,
entre outras, e em quais regiões essas necessidades são maiores.
As
informações trazidas por esse levantamento são extremamente importantes para o
desenvolvimento de projetos que garantam condições dignas de vida para as
pessoas. Além dos recursos que fazem parte do dever dos governantes para com a
população, existem também as ações humanitárias.
Toda
ação em prol a dignidade das pessoas, primeiramente nasce do coração de Deus. O
maior exemplo disso é quando Deus Pai envia seu único Filho para viver, em
plenitude, os desafios e conquistas de “ser humano”. Jesus nos ensina a grandeza do amor e nos torna
parte atuante do projeto de ação humanitária de Deus, a caridade.
Todos os dias Jesus nos
convida a prática da caridade, “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos.” (Jo 13,34-35). A
caridade é a vocação de todo cristão. Pois, diz o Senhor: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu
nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações”
(Jr 1,5). Por tanto a
caridade não pode ser traduzida em números, como as pesquisas de campo.
Estamos no mês das
vocações: a vocação dos Ministros Ordenados, “E Jesus disse-lhes: Vinde a mim e vos farei pescadores de homens. Na mesma
hora abandonaram suas redes e o seguiram” (Mt 4,19-20). A vocação da família, “Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação
e doutrina do Senhor” (Ef 6,4); “Filhos, obedecei
a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. O primeiro mandamento
acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe” (Ef 6,1-2). A vocação a
vida consagrada, “Portanto, sede santos, assim como
vosso Pai Celeste é santo” (Mt 5,48).
E finalmente, a vocação dos catequistas, cristãos leigos e leigas “Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa” (Mt. 5,14-16).
É com a união dos
esforços de todos que construímos uma sociedade saudável, inclusiva,
participativa e justa. E se torna possível repetir o que está na palavra de
Deus: “Perseveravam eles na doutrina
dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações. Todos os
fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum” (At 2,42.44). A vocação é para todos, povos e
governantes, todos a serviço do bem comum. Dizer sim a vocação é dizer sim a
Missão de Amar e Servir.