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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sábado, 05 de Dezembro de 2020 às 11:20

VIDA, MISSÃO E DIÁLOGO

Padre Mário Roberto Rodrigues Faria - Administrador Paroquial da Paróquia São José Operário em Jales

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Sou Padre Mário Roberto, Padre Diocesano, ordenado Presbítero em 07 de dezembro de 1986. Nasci em 1961, um ano após ter sido criada a Diocese de Jales, portanto, fui gestado no ventre de minha mãe no ano em que a Diocese dava seus primeiros passos na sua implantação. Isso me faz lembrar a primeira viajem feita por meus pais com destino a Santa Fé do Sul e devido a muita chuva tiveram que pernoitar no município de Jales.

Em minha caminhada de Presbítero Diocesano, trabalhei no Setor Fernandópolis atendendo os municípios de Macedônia e Guarani d’Oeste, Fernandópolis e Meridiano. No Setor Pereira/Ilha Solteira, atendi Ilha Solteira e Itapura. No Setor Santa Fé, atendi os municípios de Três Fronteiras e Santana da Ponte Pensa. São 34 anos de serviço prestado a Igreja Diocesana.

Neste ano após reflexão do Conselho Diocesano, o Bispo me designou como Administrador Paroquial da Paróquia São José Operário, em Jales. Esta Paróquia contou por muito tempo com  o serviço missionário das Irmazinhas da Assunção e depois das Oblatas da Assunção. Vale destacar, que as irmãs com o apoio do padre José Janssen e padre Guiliano Tedesco, tiveram a sensibilidade de perceber o crescimento rápido das periferias e o surgimento de novos bairros na década de 70 e intensificaram a organização social e eclesial do território que compõe a paróquia, que completou 50 anos em meio à pandemia da Covid-19.

É muito significativo a paróquia ter sido confiada ao patrocínio de São José Operário. Por isso, Deus já esta presente neste território. José, homem fiel, cuidador, homem que agiu no silêncio, na obediência à missão recebida de Deus, para colaborar com a Graça da Salvação, cumprindo a missão que lhe foi confiada. Homem trabalhador até chamado de carpinteiro nas Sagrada Escritura.

Minha chegada se dá em um tempo importante no ciclo do Ano Litúrgico o Advento, do Latim (Adventus: Chegada), que nos faz refletir a espera não passiva, mas comprometedora, nos faz pensar na Vigilância ao reino de Deus, nos implicando na construção da Paz e na defesa da Vida.

Advento é um tempo de esperança em Deus, que vem a nós na forma frágil de uma criança vinda ao mundo por Maria e sob os cuidados de José seu pai “adotivo”, guardador da Sagrada Família em tempos difíceis, cruel pela violência de Herodes contra os pequenos, indefesos e pobres.

O tempo do Advento deve renovar o nosso compromisso com o próximo, nos colocando a serviço como Cuidadores da Vida, tendo sempre a sensibilidade para com os mais vulneráveis, sobretudo em tempos de Covid-19.

A Igreja no Brasil, por meio da CNBB, nos convoca a olhar mais longe com o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC) e o Centro Ecumênico de Serviço à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), que irão assessorar a Campanha Ecumênica da Fraternidade. O tema proposto será Fraternidade e Diálogo - Compromisso de amor. Com o lema, Cristo é a nossa Paz: do que era dividido, fez uma unidade (Ef. 2, 14).

Portanto, será necessário refletir no ano que vêm sobre tantas formas de polarização, agressões e violência e com isso trilharemos um caminho de compromisso com o diálogo, criando pontes em vez de muros que geram indiferença e ódio cumprindo um mandato inegável do Evangelho. E assim com a palavra de Deus na mão e no coração e com nosso testemunho cotidiano afirmamos “que as diferenças nos enriqueçam ao invés de nos ameaçar”.

Ouça a entrevista

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COMPROMETIDOS COM A PÁSCOA DE JESUS

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Diego Dovidio dos Santos, Seminarista do 3º ano de Teologia, Estágio Pastoral na Paróquia de São João Batista em Santa Fé do Sul

O CÓDIGO DA CEIA

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Pe. João Luiz Palata Viola, OSB