Encerrando o mês de agosto de dois mil
e vinte, muitos são os motivos que ficarão para sempre em nossas memórias e em
nossa história. Celebramos alegremente nesse mês vocacional os sessenta anos de
nossa Diocese de Jales marcado por diversos acontecimentos diocesanos.
Celebrar o Jubileu é revisitar o
passado, valorizando tudo o que aqui foi construído com um olhar pioneiro e
sempre confiante na graça de Deus. Com a história aprendemos o tanto que Deus
age por meio das pessoas e da Igreja que Ele confia. Esse “celebrar” deve ser
vivido como um impulsionar na fé, a fim de que possamos continuar “Crescendo em
Direção a Cristo.”
A celebração do Jubileu é um ato
bíblico. Nas Sagradas Escrituras podemos encontrar algumas passagens que
reforçam este acontecimento. O ano jubilar é um ano de ação de graças, um tempo
de valorização da vida humana que é preciosa. Um ano celebrativo da aliança
entre Deus e o povo, um ano da vivência da misericórdia.
Sentimo-nos, enquanto cristãos,
agraciados por pertencer a essa Diocese, que com as diversidades e
características particulares, faz o Evangelho de Cristo acontecer nessas terras
do Noroeste Paulista, um local distante da capital do estado, porém bem perto
do coração do Criador e de Maria, nossa intercessora no céu.
O Papa Francisco nos pede que sejamos
uma Igreja em saída, que vai além dos muros, e que possui como protagonista da
obra de Deus, os cristãos leigos. Nossa Diocese sempre valorizou e continuará
valorizando a presença daqueles que se doam a serviço dos irmãos e do Reino de
Deus, por meio das paróquias e comunidades. Os fiéis formam uma verdadeira rede
de comunidades, são colaboradores da obra de Deus e fazem com que esse reino
aconteça aqui e agora.
A valorização dos cristãos leigos é
fundamental para o desenvolvimento e ação pastoral da nossa Diocese. Partindo
da realidade local, a Igreja se faz presente no atendimento dos mais
necessitados, seja de bens materiais ou de acompanhamento espiritual para
crescer na fé. Dom José Moura, arcebispo de Montes Claros – MG, faz referência
aos leigos e leigas dizendo: “Sua vocação no seguimento a Cristo é a de mostrar
e implantar o reino na prática de servir e não o de se servir dos outros para
se engrandecer.”
Assim, a nossa vocação diocesana se
solidifica no serviço ao povo de Deus a partir da realidade pastoral local,
compreendendo as necessidades sociais, econômicas e de fé. A unidade como
Igreja diocesana nos permite partilhar os desejos que almejamos e nos faz
caminhar em prol a realização daquilo que é necessário para o crescimento na
missão da igreja.
Por fim, rogamos a Maria, a mãe da
Assunção e das vocações, para que continue intercedendo por nós e pela Diocese,
a fim de que possamos caminhar sempre perseverantes no serviço ao Reino de
Deus, seguindo os passos do Teu Filho Jesus.
Jales, 27 de agosto de 2020.