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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sábado, 24 de Novembro de 2018 às 10:45

TRÊS PALAVRAS QUE MUDAM O MUNDO: ESCUTAR, FAZER-SE PRÓXIMO E TESTEMUNHAR!

Pe. Prof. Dr. Telmo José Amaral de Figueiredo - Diocese de Jales – SP

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Há “três passos fundamentais no caminho da fé: escutar, fazer-se próximo e testemunhar”, disse o Papa Francisco em sua homilia na missa de encerramento do Sínodo sobre os jovens na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no último dia 28 de outubro.

Ele fez a sua desafiadora homilia sobre “o caminho da fé” ao concelebrar a missa com os 260 Padres sinodais de mais de 130 países. Também participaram da missa os 36 jovens de todos os continentes que atuaram nesse evento histórico e que entraram em procissão na basílica na frente dos padres, bispos, cardeais e do papa.

Comentando a história do Evangelho Segundo Marcos (10,46-52) sobre o cego e mendigo Bartimeu, que gritou a Jesus enquanto caminhava na estrada de Jericó a Jerusalém, o papa lembrou que, depois que Jesus parou, escutou o que ele tinha a dizer e lhe devolveu a visão, o homem tornou-se discípulo e caminhou com ele e os outros discípulos até a cidade santa.

“Nós também caminhamos juntos, ‘fizemos sínodo’”, disse Papa Francisco, antes de oferecer um mapa para as suas vidas futuras.

Francisco disse que “o primeiro passo para ajudar o caminho da fé” é “escutar”. “É o apostolado do ouvido: escutar, antes de falar”.Ele lembrou que muitos daqueles que estavam com Jesus “repreenderam Bartimeu para que se calasse”, consideraram esse “necessitado” como um mero “incômodo no caminho, um imprevisto no programa pré-estabelecido. Preferiram os seus tempos aos do Mestre, as suas palavras à escuta dos outros: seguiam Jesus, mas tinham em mente os seus próprios projetos”.

Francisco advertiu os seguidores de Jesus de hoje que esse “é um risco para se proteger sempre” e lembrou-lhes que “para Jesus o grito de quem pede ajuda não é um incômodo que atrapalha o caminho, mas uma demanda vital”. Ele lembrou que Deus sempre nos ouve: “Deus nunca se cansa; sempre se alegra quando o procuramos”.

Ele, então, explicou que “um segundo passo para acompanhar o caminho da fé é fazer-se próximo”. Ele lembrou que, no relato do Evangelho, Jesus vai “pessoalmente” encontrar o mendigo cego, “não delega alguém” para fazer isso. “É assim que Deus faz, envolvendo-se em primeira pessoa com um amor de predileção por cada um. No seu modo de fazer, ele já passa a sua mensagem”, disse Francisco.

Francisco alertou que, “quando a fé se concentra puramente em formulações doutrinais, corre o risco de falar só à cabeça sem tocar o coração. E, quando se concentra apenas em fazer, corre o risco de se tornar moralismo e de se reduzir ao social”. O papa, ainda, afirmou, “fazer-se próximo é levar a novidade de Deus à vida do irmão, é o antídoto contra a tentação das receitas prontas”. Fazer-se próximo significa rejeitar “a tentação de se lavar as mãos”, disse; significa “imitar Jesus e, como ele, sujar as mãos”.

O Papa Francisco falou, em seguida, sobre o terceiro passo no caminho da fé: “testemunhar”. Retomando o relato do Evangelho Segundo Marcos, ele relembrou que Jesus enviou seus discípulos ao cego e mendigo “não com uma moedinha tranquilizadora ou para dispensar conselhos”, mas apenas para lhe dizer: “Coragem! Levanta-te. Ele te chama”. Jesus “cura o espírito e o corpo”, disse o papa. “Só Jesus chama, mudando a vida de quem O segue, pondo novamente de pé quem está no chão, levando a luz de Deus para as trevas da vida”.

Francisco concluiu a sua homilia lembrando que o “caminho da fé”, expressado nesses três passos fundamentais, termina de uma forma bela e surpreendente, quando Jesus diz: “Vai, tua fé te curou”.Ele explicou que “a fé que salvou Bartimeu não estava nas suas ideias claras sobre Deus, mas em buscá-lo, em querer encontrá-lo”. Francisco enfatizou que “a fé é questão de encontro, não de teoria.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça aquilo que acaba de nos dizer Papa Francisco!

Ouça a entrevista

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