Preocupação
exagerada e sem fundamento rouba um tempo precioso demais da gente, por isso
respira fundo, reflita, procura entender bem as coisas, desconsidera algumas e
descomplica. Acabamos de iniciar mais um novo ciclo com a certeza das
transformações, de desafios, de mudanças, mais aprendizados e também de
oportunidades, que serão mais frequentes. É uma boa hora para, além de
explorar, planejar, investigar e exercitar possibilidades ou alternativas, para
o presente e para o futuro.
Descomplicar é
sinônimo de: desembaraçar, simplificar. Recentemente estamos lidando com a
notícia da vacina contra a Covid-19. Há controvérsias, desinformação e muita
complicação.
Segundo pesquisas
as vacinas são essenciais para blindar o organismo contra doenças que ameaçam a
saúde, em todas as idades. Elas atuam na defesa do organismo contra agentes
infecciosos e bacterianos. Doenças altamente contagiosas e bastante comuns no
passado – como o Tétano, a Paralisia Infantil, o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola
– praticamente já não existem mais no Brasil graças ao elevado índice de
imunização.
Em entrevista, o
Papa Francisco confirmou que tomará a vacina contra a Covid-19 por considerar
esse ato ético e importante para dar fim à pandemia do novo coronavírus. Ele
disse não compreender e critica a existência de um “negacionismo suicida” em
relação ao imunizante. De acordo com o Papa tomar a vacina é uma “opção ética
porque você aposta na saúde, na sua vida, mas também na vida dos outros”.
A vacinação, de
acordo com os bispos do Brasil, é compreendida como “fato social, não
individual, para alcançar metas indicadas pelos epidemiologistas”. A
presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defende, em sua
primeira mensagem de 2021, que a “vacina contra a Covid-19 é um direito de
todos os brasileiros”.
A humanidade está
adoecida pela pandemia e só encontrará a cura se caminhar unida, adotando a
solidariedade como princípio que orienta as relações. Com isso, quero muito
enfatizar a importância de você aprender a descomplicar para ativar o seu
melhor em decisões pessoais, que consequentemente refletem no coletivo. Ser
diferente, consciente e descomplicado para fazer a diferença na sociedade.
A grande esperança
de nós cristãos é que a prova não terá a última palavra. Certamente, temos que
passar pela prova, certos de que Deus não nos esqueceu, mesmo na pandemia.
Podemos continuar a ter esperança, a confiar n’Ele, na certeza de que Ele nos
fortalece, orienta e nunca nos deixa sozinhos.
Deus, que nos fez
livres e corresponsáveis pela obra da Criação, nos ajude a aprender com as
lições desta pandemia, para que possamos superá-la, para que cada pessoa assuma
a própria responsabilidade no cuidado com o seu semelhante e avancemos na
construção de um mundo mais saudável, fraterno, solidário e descomplicado.