O “espírito jovem” desperta nossos corações, nos abre para a reflexão de um projeto de vida, para novos e promissores horizontes. É desafiador, mas precisamos renovar diariamente uma opção “afetiva e efetiva” pelas juventudes, na busca de favorecer o desenvolvimento deles em todos os aspectos.
Atualmente, compreender a juventude corresponde entender uma construção social e cultural diversificada, que não definimos isoladamente, mas a partir de suas múltiplas relações e contextos sociais. Não dá para falar simplesmente de jovem atual, mas nos “diferentes modos de vivenciar a juventude na atualidade”, por isso: “juventudes”.
Os jovens anseiam por dias melhores, pela concretização dos seus sonhos, por encontrar um caminho coerente e com sentido. Ainda que, a princípio, sejam resistentes, recusem algumas orientações, insistam no erro ou relativizem muitas coisas historicamente boas, as juventudes buscam encontrar “o caminho, a verdade e a vida”.
A Igreja Católica, no Brasil, incentiva há mais de 30 anos os jovens com o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Inspirados pela proposta da Campanha da Fraternidade, convida os jovens a reafirmarem seu compromisso com a Igreja e com a sociedade sendo protagonistas da história. Este ano o tema da superação da violência convoca as juventudes a construírem uma Cultura de Paz.
A proposta é incentivar ainda mais a reflexão sobre as temáticas: “Políticas Públicas para as Juventudes” e “Direitos Humanos”. As juventudes precisam, sempre mais, mobilizar-se, construir espaços de escuta e participação para pensarem e repensaremseus caminhos; se fazerem ouvir e sendo uma geração nova tornar possível uma sociedade renovada.
No caminho de preparação para o Sínodo dos jovens, que está sendo realizado neste mês em Roma,o Papa Francisco destacou a importância de sermos uma Igreja (e sociedade) à escuta e em caminho. As juventudes, muitas vezes, se sentem não-compreendidas na sua originalidade e, consequentemente, não aceitas pelo que são verdadeiramente e, às vezes, até rejeitadas. “Um primeiro passo rumo à escuta é libertar as nossas mentes e os nossos corações de preconceitos e estereótipos. (...) Este Sínodo possui a ocasião, a tarefa e o dever de ser sinal da Igreja (sociedade) que se coloca verdadeiramente à escuta, que se deixa interpelar pelas solicitações daqueles que encontra, que não tem uma resposta pré-confecionada sempre pronta”.
Não podemos desistir das juventudes, elas despertam nossos corações! Com elas aprendemos, sempre mais, a amar a novidade, saber sonhar e desejar ardentemente os sonhos; nos encantamos e somos animados a construir novos relacionamentos.