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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sexta-Feira, 05 de Junho de 2020 às 11:47

ATITUDE CRISTÃ NA PANDEMIA

Tiago Vinícius Raimundo Caetano, Seminarista da Diocese de Jales | Geovanny dos Reis Sinigalia, Estudante do primeiro período de Psicologia

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A Solenidade de Pentecostes representa um acontecimento vital para a Igreja. O envio do Espírito Santo, sobre os discípulos, manifesta a riqueza da vida nova, comunicada pelo Cristo ressuscitado. Esse acontecimento anulou a confusão, a indiferença e o desentendimento gerado em Babel e predispôs, aos seres humanos, a possibilidade de se ligarem a Deus através da linguagem do Espírito Santo, isto é, da consecução do amor entre o Pai e o Filho. Desde então, esse mistério permanece no meio de nós, conduzindo-nos a viver e proceder segundo o Espírito que perscruta o nosso ser.

Ao fazer uma releitura histórica da humanidade é possível constatar a luta do ser humano pela preservação da vida. A pessoa humana trava uma disputa com a outra, em uma atitude egoísta e unilateral, para garantir a sua existência.  Isso ocorre desde Babel, passando por grandes conflitos, como colonizações de exploração, Guerras, ditaduras, Holocausto, Guerra Fria e golpes militares. Essas realidades proporcionaram a desumanização social e contribuíram para a intensificação do sofrimento humano, transformando corações em relógios e pessoas em números.

Nos dias vigentes, em meio à realidade pandêmica, vemos novamente a sensibilidade humana ser substituída pela cultura da indiferença e pela desvalorização da vida. Há pessoas que se julgam superiores a famílias e seres humanos que já foram acometidos pela COVID-19, e tal fato nos faz perceber que situações como essas podem resultar em comportamentos instintivos e individuais pela própria sobrevivência, desvanecendo a humanização e compaixão para com o próximo. Como afirma São João Paulo II, na Audiência Geral em 24 de agosto de 1983, "se uma pessoa é indiferente em relação à verdade, não se dará conta da formação da própria consciência e acabará, cedo ou tarde, por confundir a fidelidade à própria consciência com a adesão a uma opinião pessoal ou à opinião da maioria."

Dessa forma, é necessário assumir o compromisso batismal em meio à pandemia, compreendendo e sentindo o que o ser humano pensa em situações de carecimento social e afetivo, transmitindo-lhe o entendimento de seus sentimentos e suas necessidades. Em outras palavras, devemos reconhecer a vulnerabilidade do nosso irmão e irmã, por meio de gestos e ações para formar uma rede de amor e humanização. Somos chamados à luz do Espírito Santo, a sermos sujeitos “paráclitos” na vida do irmão e da irmã, isto é, consoladores e defensores da vida, cumprindo assim, o novo mandamento deixado por Jesus: “como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. (Jo 13, 31-33)

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COMPROMETIDOS COM A PÁSCOA DE JESUS

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Pe. João Luiz Palata Viola, OSB